quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Noite na Taverna e a Relação com os Dias de Hoje

Noite na Taverna de Alvares de Azevedo


De um dos maiores poetas românticos, podemos traçar um paralelo entre o desejo de fuga daquela época e o de hoje em dia. Álvares de Azevedo, como poucos, põe em sua obra inúmeras características cultuadas por seu estilo literário. E na coletânea de textos “Noite na Taverna”, de 1855, o autor faz magníficas construções com o escapismo, evidentemente se relacionando com a idealização amorosa.


As histórias das personagens, que já se encontram em uma casa de vinhos, são recheadas de amores, correspondidos ou não, além de situações que levam a morte, como meio de escape. E para completar, está também presente a bebida, que se apresenta como forma de fugir da realidade ou de esquecer os problemas. Usam o vinho com o objetivo de suavizar a dor. O que mostra bem como o escapismo se dava no século XIX.




Nota-se, portanto a semelhança com o a sociedade contemporânea, uma vez que tal marca do Romantismo ainda existe. É verdade que as maneiras são diferentes. O vinho de Álvares de Azevedo, deu lugar a diversas outras sustâncias, até mais potentes. As dificuldades, ao invés de serem encaradas pelas pessoas, são deixadas de lado e as drogas dão a possibilidade para uma fuga.


Assim como no século retrasado, essas questões foram expostas em obras. No entanto, nas novelas e filmes, que sempre mostram indivíduos que, por frustrações de qualquer tipo, amorosas financeiras, buscam a evasão, já que não são capazes de resolvê-las. E são vários aqueles que, na vida real, se identificam com a ficção. Isso porque, trata-se de algo incorporado à própria essência dos seres humanos: a insatisfação com a realidade que os cerca.

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